quarta-feira, 24 de julho de 2013

Ciclovia: um outro crime deve ser apurado pelo MPE, além da morte do empresário

Por Paulo Chanccey

Ciclovia em plena Av. Monsenhor Ângelo Sampaio, 100, Centro, Petrolina - PE

Quase todos os dias algum anônimo, em alguma parte da cidade ou do Estado está morrendo atropelado em consequência da falta de uma política de segurança e de mobilidade urbana que contemple a construção de ciclovias, alargamento ou duplicação de pistas, melhor sinalização, fiscalização e punição de infratores. No entanto, foi preciso a vítima ser filho de um conhecido empresário para que o governo do Estado e do município se assanhassem em suas cadeiras para mostrar para a mídia uma falsa preocupação com a vida alheia.

Logo trataram de convocar reuniões, o governador avisa em coletiva à imprensa que vai desencadear uma campanha educativa e outras medidas pós-tragédia (com famosos) que acabam não saindo do discurso até que a mídia esteja ocupada com outras tragédias. E vai ser sempre assim. Assim foi quando assassinaram um médico no corredor Vera Arruda, foi assim quando atentaram contra a vida do filho do deputado Antonio Albuquerque, onde toda a cúpula da segurança pública é colocada na rua, numa caçada implacável, onde os responsáveis logo são presos e expostos na mídia como troféus. Uma falsa resposta de eficiência à sociedade que clama por justiça por centenas de outros crimes até hoje não esclarecidos ou punidos, a exemplo do caso do estudante Fábio Acioly, que, como já de conhecimento público, envolve como mandantes pessoas da alta sociedade alagoana, e, talvez, justamente por isso, emperrou o processo.

Mas até mesmo tragédias como essas revelam além de criminosos pobres e assassinos de ricos. Revelam que por trás do descaso com os anônimos, e até mesmo por trás da atuação "eficiente" do aparelho estatal no caso dos famosos mortos, está a incompetência, a desonestidade, a corrupção, mas também a omissão do povo, que, infelizmente entendeu que "acordar o gigante" é apenas protestar nas vias públicas, mas é incapaz de dar uma resposta definitiva nas urnas. Alguém duvida? Então aguardemos o resultados das urnas em 2014. Pelos nomes dos eleitos (ou reeleitos) será fácil concluir se o gigante acordou mesmo!

No texto de hoje, deixo aqui para ilustrar o comentário, e trazendo especificamente o caso das ciclovias, a imagem de uma ciclovia  numa das avenidas mais movimentadas na cidade de Petrolina, em Pernambuco, onde se acha instalado um Shopping Center. É só comparar com o que se puder ver de ciclovia na ex-Via Expressa, na Serraria, e eu deixo para os leitores tirarem suas próprias conclusões.

Querem protestar? Que tal então fazer uma manifestação em frente a sede do MPE/AL para cobrar uma investigação muito severa na contratação da obra dessa "ciclovia" em Maceió?

Até outra!


CONTATO
paulochancey@gmail.com




terça-feira, 23 de julho de 2013

O Ministro Joaquim Barbosa é mesmo um paladino da justiça ou apenas mais um lôbo vestido em pele de cordeiro

Documentos relativos à suposta sonegação fiscal da Globo agora publica mais um furo de reportagem: o relatório de 2013 da Assas JB Corp, seu contrato social e um documento que cita a transferência do imóvel avaliado em R$ 1 milhão por apenas US$ 10 – isso mesmo, dez dólares!!! 

Segundo O Cafezinho, documentos da venda feita por Alicia Lamadrid serviriam como provas a serem encaminhados às autoridades para checarem se o presidente do Supremo Tribunal Federal não infringiu a Lei da Magistratura, segundo a qual um juiz não pode ser diretor de empresa privada, e se há indícios de sonegação fiscal e evasão de divisas



Blog do Paulo Chanccey, com Brasil247

Ao constituir uma empresa com fins lucrativos nos Estados Unidos, em maio do ano passado, para obter benefícios fiscais na compra de um apartamento avaliado em R$ 1 milhão em Miami, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, pode ter violado o Estatuto dos Servidores Públicos da União, que veda a todos aqueles que exerçam carreiras de estado "participar de gerência ou administração de sociedade privada, personificada ou não personificada"; de acordo com os registros da Assas JB Corp, Barbosa é o presidente da sua offshore.

O Cafezinho obteve os documentos da empresa de Joaquim Barbosa, a Assas JB. É o relatório anual de 2013 e o contrato social. Não trazem valores, mas servem como provas a serem encaminhadas às autoridades para checarem se o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) não infringiu a Lei da Magistratura.
Detalhe, a empresa de JB tem sede no Brasil.
Também obtivemos o documento de compra e venda, onde consta que JB pagou US$ 10 pelo apartamento.
Fizemos uma investigação preliminar nos cartórios norte-americanos e verificamos que este valor é o tradicionalmente usado quando se quer “doar” um imóvel a um parente. É mais uma forma de evitar impostos. Aparentemente é um expediente comum por lá.




segunda-feira, 22 de julho de 2013

Nasce na Inglaterra o novo herdeiro do trono britânico

Filho do príncipe William com Kate Middleton, um menino, nasceu com 3,9 quilos e é o terceiro na linha de sucessão ao trono britânico, depois do pai e do avô, o príncipe Charles



Blog/site do Paulo Chancey, Com Reuters

Nasceu nesta segunda-feira 22 o filho do príncipe William com Kate Middleton, um menino, terceiro na linha de sucessão ao trono britânico, depois do pai e do avô, o príncipe Charles. O bebê nasceu no St. Mary's Hospital com 3,9 quilos. É a primeira vez que três herdeiros esperam a ascensão ao trono do Reino Unido.
Após semanas de intensa especulação na mídia sobre o nascimento do bebê real, Kate, de 31 anos, foi levada pouco antes das 2h da manhã (horário de Brasília) à ala particular do Hospital St Mary's, em Paddington, no oeste de Londres, para o nascimento de seu filho. Foi nesse mesmo hospital que William nasceu, em 1982.
O sexo do bebê até então era desconhecido. Casas de apostas britânicas haviam colocado como favorita uma menina.

Voley brasileiro desaba diante da Rússia e Bernardinho assume responsabilidade pela derrota na Liga.


Blog do Paulo Chanccey, com globoesporte.com

A queda veio de uma forma inesperada. Não que a vitória fosse garantida, claro. Mas, diante da soberania russa,Bernardinho tenta se manter tranquilo. No início de uma nova caminhada olímpica, o treinador encara a derrota na decisão da Liga Mundial com naturalidade. O técnico admite que alguns jogadores deixaram a desejar na decisão, mas assume a responsabilidade diante da derrota.

- Antes de mais nada, a Rússia fez uma grande partida. Tivemos algumas chances no primeiro set, mas não fomos competentes. Eles erraram muitos saques, mas porque deram muita pressão o tempo todo. Alguns de nossos jogadores jovens talvez tenham sentido o emocional, não jogaram o máximo. Mas é normal. É a primeira final de alguns deles. A responsabilidade é minha. Não fomos competentes em sair da dificuldade. Tenho de reconhecer a superioridade deles - afirmou.

O técnico afirma que a boa campanha na fase classificatória e algumas boas exibições deram a medida errada do estágio em que a seleção se encontra. Bernardinho voltou a dizer que as expectativas foram exageradas.
- Nós não somos tão bons, mas também não somos tão ruins quanto pode parecer com a derrota. Estamos em algum lugar nesse meio do caminho. Esse é o fato. O problema é que, quando se fala demais, criam-se ilusões. As pessoas começam a acreditar, mas às vezes não corresponde à realidade.
Bernardinho espera que a seleção consiga encarar a derrota de forma correta. Para o treinador, a seleção pode evoluir com o vice na Liga.
- É só um início. Claro, ganhar de uma equipe como a Rússia daria muita confiança ao Brasil. Existem duas formas de encarar uma derrota como essa, que é dura pela forma que foi. Ou você estuda, aprende, endurece e assume a responsabilidades ou você entrega. O importante é aprender com isso, crescer com isso. Não criar ilusões.
A seleção não terá muito tempo de descanso. No dia 4 de agosto, a equipe começa a disputar o Sul-Americano, em Cabo Frio, no Rio de Janeiro.

Em vídeo, deputado revela como funciona o esquema da compra de votos que envolve emendas parlamentares

Blog do Paulo Chanccey, com Brasil247

O deputado federal do PR de Minas Gerais, Aelton Freitas, apareceu em um vídeo, obtido pelo Fantástico, em que ensina como comprar votos em uma eleição e espalhar boatos sobre os concorrentes.

domingo, 21 de julho de 2013

Por onde anda o ex-maratonista José Carlos Santana?




Por Paulo Chanccey

No momento em que o Estado de Alagoas não conta com nenhum nome de expressão nacional e internacional no atletismo, já que Marily dos Santos e os irmãos Cosme e Damião, não correm por Alagoas), uma pergunta não quer calar: por onde onda o ex-maratonista José Carlos Santana, que tão bem representou Alagoas nas mais expressivas maratonas no Brasil e no mundo?

O Santana, como é mais conhecido no meio desportivo tem uma longa história de conquistas, dentre elas a façanha de ter sido medalha de prata nos jogos pan-americanos de Havana, em Cuba, em 1991 e de até hoje manter o record de ser tricampeão consecutivo da Maratona Internacional do Rio de janeiro.

Para os que não sabem, José Carlos Santana, além de um vitorioso pelas pistas do mundo inteiro, também é jornalista, professor de educação física,consultor para assuntos do desporto, palestrante e empresário de eventos esportivos, e hoje encontra-se radicado em Juazeiro, no Estado da Bahia onde vive com sua esposa,a pedagoga Lúcia Araújo Santana, com e as duas filhas Marina e Mariana, também professoras de educação física, e além de exercer as atividades do magistério, Santana também ocupa uma função pública, como gerente de esportes comunitários pela Secretaria Municipal de Educação, na gestão do prefeito Isaac Carvalho (PCdoB).

Em meio a uma agenda extremamente agitada, Santana ainda encontra tempo para correr diariamente para manter a forma, porém não compete mais, e ainda tem um grupo de atletas amadores que são treinados por ele.
 José Carlos Santana ministrando palestra

Depois de tanto ter contribuído nas pistas, Santana continua dedicado ao esporte, em especial ao atletismo, que tanta carência tem de bons patrocínios para que novos nomes despontem em Alagoas e no Nordeste.

                                                                                     José Carlos Santana ministrando palestra

Aqui, Santana foi convidado da Rádio Juazeiro, para entrevista durante a transmissão da partida entre o Juazeirense X CSA, de Alagoas (domingo, 21/07/13). Além da entrevista, onde prestou esclarecimentos sobre os programas e projetos que tramitam em seu setor no esporte de Juazeiro, foi provocado a comentar sobre a partida.

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Aumenta em 326,1% a violência contra jovens brasileiros. Natal (RN) Supera Maceió


Blog/Site do Paulo Chanccey - Agência Brasil
A violência contra os jovens brasileiros aumentou nas últimas três décadas de acordo com o Mapa da Violência 2013: Homicídio e Juventude no Brasil, publicado hoje (18) pelo Centro de Estudos Latino-Americanos (Cebela), com dados do Subsistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde. Entre 1980 e 2011, as mortes não naturais e violentas de jovens  como acidentes, homicídio ou suicídio – cresceram 207,9%. Se forem considerados só os homicídios, o aumento chega a 326,1%. Dos cerca de 34,5 milhões de pessoas entre 14 e 25 anos, em 2011, 73,2% morreram de forma violenta. Na década de 1980, o percentual era 52,9%.
“Hoje, com grande pesar, vemos que os motivos ainda existem e subsistem, apesar de reconhecer os avanços realizados em diversas áreas. Contudo, são avanços ainda insuficientes diante da magnitude do problema”, conclui o estudo.
O homicídio é a principal causa de mortes não naturais e violentas entre os jovens. A cada 100 mil jovens, 53,4 assassinados, em 2011. Os crimes foram praticados contra pessoas entre 14 e 25 anos. Os acidentes com algum tipo de meio de transporte, como carros ou motos, foram responsáveis por 27,7 mortes no mesmo ano.
Segundo o mapa, o aumento da violência entre pessoas dessa faixa etária demonstra a omissão da sociedade e do Poder Público em relação aos jovens, especialmente os que moram nos chamados polos de concentração de mortes, no interior de estados mais desenvolvidos; em zonas periféricas, de fronteira e de turismo predatório; em áreas com domínio territorial de quadrilhas, milícias ou de tráfico de drogas; e no arco do desmatamento na Amazônia que envolve os estados do Acre, Amazonas, de Rondônia, Mato Grosso, do Pará, Tocantins e Maranhão.
De acordo com o estudo, a partir “do esquecimento e da omissão passa-se, de forma fácil, à condenação” o que representa “só um pequeno passo para a repressão e punição”. O autor do mapa, Julio Jacobo Waiselfisz, explicou à Agência Brasil que a transição da década de 1980 para a de 1990 causou mudanças no modelo de crescimento nacional, com uma descentralização econômica que não foi acompanhada pelo aparato estatal, especialmente o de segurança pública. O deslocamento dos interesses econômicos das grandes cidades para outros centros gerou a interiorização e a periferização da violência, áreas não preparadas para lidar com os problemas.
“O malandro não é otário, não vai atacar um banco bem protegido, no centro da cidade. Ele vai aonde a segurança está atrasada e deficiente, gerando um novo desenho da violência. Não foi uma migração meramente física, mas de estruturas”, destacou Waiselfisz.
Nos estados e capitais em que eram registrados os índices mais altos de homicídios, como em São Paulo e no Rio de Janeiro, houve redução significativa de casos, devido aos investimentos na área. São Paulo, atualmente, é o estado com a maior queda nos índices de homicídios de jovens nos últimos 15 anos (-86,3%). A Região Sudeste é a que tem o menor percentual de morte de jovens por causas não naturais e violentas (57%).
Em contraponto, Natal (RN), considerado um novo polo de violência, é a capital que registrou o maior crescimento de homicídios de pessoas entre 15 e 24 anos – 267,3%. A região com os piores índices é a Centro-Oeste, com 69,8% das pessoas nessa faixa etária mortas por homicídio.
O estudo mostra ainda que o Brasil é o sétimo no ranking global de homicídios. Leia abaixo:
O Brasil é o sétimo colocado no mundo em casos de homicídios. A cada 100 mil habitantes, 27,4 são vítimas de crimes. No caso de jovens entre 14 e 25 anos, o número aumenta para 54,8. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), compilados pelo Mapa da Violência 2013: Homicídios e Juventude no Brasil, divulgado hoje (18), pelo Centro de Estudos Latino-Americanos (Cebela) todos os dez países com os mais altos índices de homicídios entre jovens estão na região da América Latina e do Caribe.
El Salvador lidera o ranking de índices de homicídios seguido de Ilhas Virgens, de Trinidad e Tobago, da Venezuela, da Colômbia, da Guatemala, do Brasil, do Panamá, de Porto Rico e das Bahamas.
Segundo o estudo, esses índices são explicados pela incidência de problemas estruturais de origem política, econômica e social, como desigualdade e falta de acesso a serviços básicos combinados ou não a conflitos armados, como os que acontecem na Guatemala, em El Salvador e na Venezuela. No caso dos homicídios de jovens, o Brasil tem taxa mais de 500 vezes maior do que a de Hong Kong, 273 vezes maior do que a da Inglaterra e do Japão e 137 vezes maior do que a da Alemanha e da Áustria.
Na década de 1990, o Brasil chegou a ocupar a segunda colocação nesse ranking da OMS, liderado então pela Venezuela. A queda brasileira na lista dos países com as maiores incidências desse tipo de crime não significa que a violência foi reduzida, mas que houve aumento em outros lugares no mundo.
O autor do Mapa, Julio Jacobo Waiselfisz, explicou que a violência tem causas e consequências múltiplas. Apesar disso, é possível notar, no caso brasileiro, três fatores determinantes. Em primeiro lugar, a cultura da violência. Segundo ele, no país – e também na América Latina -, existe o costume de se solucionar conflitos com morte, parte disso herança de raízes escravagistas no continente.
Pesquisa feita pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), com dados entre 2011 e 2012, para fundamentar a Campanha Conte até 10: a Raiva Passa, a Vida Fica, grande parte dos homicídios no Brasil são cometidos por motivos banais e por impulso.
Em segundo lugar, Julio Jacobo apontou a circulação de armas de fogo. Estima-se que, no país, haja cerca de 15 milhões de armas das quais, a metade, portada de forma ilegal. “Uma pesquisa feita em escolas mostrou que muitos jovens sabem exatamente onde e como comprar uma arma. Juntar uma arma à cultura de violência é uma mistura explosiva, são incompatíveis entre si”, disse Waiselfisz.
Outro ponto frisado pelo autor do Mapa é a impunidade. Para ele, isso funciona como um estímulo à resolução de conflitos por meio de vias violentas. De acordo com o Relatório Nacional da Execução da Meta 2 da Estratégia Nacional de Justiça e Segurança Pública (Enasp), do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Ministério da Justiça, foram identificados quase 150 mil inquéritos por homicídios dolosos - com a intenção de matar - anteriores a 2007.
Depois de um mutirão de um ano, foram encaminhados à Justiça apenas 6,1% dos casos. A estimativa é que 4% dos homicidas cumpram pena em regime fechado. “É esse elevado nível de impunidade que reforça a cultura da violência e os enormes números de homicídios”, explicou o autor do estudo.
Mapa da Violência também aponta os negros como as principais vítimas:
Pesquisa mostra que negros são maioria das vítimas de homicídios
A tendência de se culpar as vítimas de homicídio no Brasil é um dos grandes entraves ao combate à violência e à redução de casos que envolvem jovens braseileiros, informou o autor do Mapa da Violência 2013: Homicídios e Juventude no Brasil, divulgado hoje (18), pelo Centro de Estudos Latino-Americanos (Cebela), Julio Jacobo Waiselfisz. Para ele, essa inversão de mentalidade entre quem é vítima e quem é culpado gera a escassez de recursos e de medidas com o objetivo de efetivamente solucionar casos relacionados a essas pessoas, na maior parte negras.
“Há um mecanismo perverso que incentiva a tolerância à violência contra os grupos mais vulneráveis, que deveriam ter proteção do Estado: tornar a vítima culpada. Isso ocorre com mulheres, crianças e jovens marginalizados qualificados como traficantes, drogados e arruaceiros. Mas isso vale de uma forma geral”, explicou o autor.
No Mapa da Violência 2013, observa-se a tendência de redução, em números absolutos, dos casos de homicídios de pessoas brancas, e o aumento de vítimas negras. Essa dinâmica se observa em relação à população em geral e entre os jovens.
Dos 467,7 mil homicídios contabilizados entre 2002 e 2010, 307, 6 mil (65,8%) foram de negros. Nesse período, houve decréscimo de 26,4% nos casos de homicídios de brancos e acréscimo de 30,6% dos de negros. Nesses mesmos oito anos, foram mais de 231 mil homicídios de jovens, dos quais 122,5 mil eram negros (53,1%). O decréscimo dos casos de pessoas brancas foi de 39,8% no período, enquanto, entre negros, houve acréscimo de 18,4%.
As informações do estudo confirmam dados do Instituto Nacional de Geografia e Estatística (IBGE), de que a população branca tem, em média, rendimentos entre 60% e 70% superiores ao da população negra e sugerem que essa realidade tem relação direta com o atual perfil da violência no Brasil.
De acordo com Julio Jacobo Waiselfisz, um processo de privatização da segurança teve inicio no Brasil nos últimos 20 anos, com a terceirização de serviços e o surgimento de empresas especializadas, assim como já ocorria com outros tipos de serviços públicos, dos quais destacam-se a saúde, a educação e a cobertura previdênciária.
“O Estado fornece um nível de serviço para toda a população. Às vezes, esse patamar é tão mínimo que não se oferece praticamente nada. Aí a lógica que prevalece é a de que quem pode, paga a diferença”, disse, ao explicar o porquê de o nível de segurança ser mais elevado em áreas com população de renda mais alta e majoritariamente branca.
A partir daí ainda ocorre um outro paradoxo. Em áreas em que há mais circulação de renda e, consequentemente, interesses econômicos, há a tendência de se chamar mais atenção quando ocorrem atos de violência - tanto em relação à mídia, quanto em relação à pressão exercida sobre o poder público. Daí, a segurança pública atua de forma mais incisiva nesses locais, que, devido à própria renda, podem arcar com os custos de uma segurança privada.
“Segurança pública também é política, o que reforça que haja mais atuação em bairros abastados e turísticos, por exemplo, do que em favelas. Assim, os abastados têm as duas - segurança pública e privada -, e as favelas, nenhuma”, explicou Waiselfisz.
A conclusão do estudo é a de que a violência na sociedade brasileira, especialmente entre os jovens, é o resultado de um modelo político, econômico e social. “Essas pessoas [jovens entre 15 e 24 anos] são os algozes, mas também as vítimas da violência estrutural da nossa sociedade”, finalizou o autor.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Onda de protestos no Brasil pode mudar planos da FIFA para a Copa do Mundo de 2014


"Se protestos continuarem teremos que questionar se fizemos uma decisão errada ao escolher o Brasil como sede"
Blog/Site do Paulo Chanccey, com Brasil247
Presidente da Fifa, Joseph Blatter disse em entrevista à agência DPA que o Brasil pode ter sido uma escolha errada para sediar a Copa do Mundo de 2014, por conta protestos contra a realização do torneio durante a Copa das Confederações. O cartola disse à agência alemã que se os protestos ocorrem "novamente", durante a Copa de 2014, "nós teremos que questionar se tivemos uma decisão errada ao escolher o país como sede".
Enquanto as seleções de Brasil, Espanha, Uruguai, Itália, Nigéria, México, Taiti e Japão disputavam o torneio em seis das cidades que vão sediar a Copa do Mundo no próximo ano, milhares de manifestantes protestaram ao redor de estádios como o Mineirão, em Belo Horizonte, Castelão, em Fortaleza, e Mané Garrincha, em Brasília. Em alguns jogos, os protestos chegaram a interferir na organização das partidas, apesar de não prejudicar a realização de nenhum evento.
As manifestações se concentraram em críticas aos gastos governamentais para a construção de estádios e à falta do prometido legado em áreas como transporte, tudo simbolizado pelo bordão "padrão Fifa". Cidades como Belo Horizonte, Fortaleza, Salvador e Rio de Janeiro foram os principais palcos das manifestações, que muitas vezes acabaram em conflito entre ativistas e policiais.
Depois da Copa das Confederações, a Fifa disse ao governo brasileiro que "a realização da Copa do Mundo não deveria ser perturbada, no próximo ano". Segundo Blatter, os protestos durante o torneio preparatório serão discutidos com a presidente Dilma Rousseff em setembro.

'Legado em andamento': Spider domina recordes, apesar de mancha

Blog do Paulo Chanccey, com SportTv.globo.com
Anderson Silva perdeu o título do peso-médio do Ultimate para Chris Weidman no UFC 162, manchou o currículo, mas os recordes conquistados por aquele que é considerado o melhor lutador peso por peso da história da organização continuam incontestáveis. Na semana passada, o próprio UFC publicou em seu site oficial uma nota intitulada "Anderson Silva: o legado em andamento", destacando que os feitos já alcançados pelo Spider só tendem a crescer.
A lista de recordes de Anderson Silva no UFC é longa e diversificada. Destaca-se o maior número de nocautes conquistados por um único lutador, passa pela grande quantidade de premiações por melhor nocaute, finalização ou luta dos eventos, e inclui até a marca de ser o lutador do Ultimate com mais seguidores no Twitter.
Os que chamam mais a atenção correspondem à invencibilidade que Anderson Silva conseguiu manter até a derrota do dia 6 de julho. O brasileiro venceu 16 lutas seguidas desde que chegou ao UFC, sendo 11 defesas de títulos. Foram quase sete anos apenas vencendo, com dois triunfos por decisão dos jurados, três finalizações e 11 nocautes.
Como dá para perceber, é mesmo na trocação que reside o maior trunfo de Anderson. Para conquistar esses 11 nocautes, ele acertou com precisão 67,5% dos golpes que tentou. É o melhor índice da história do UFC, quatro pontos porcentuais a mais que o segundo colocado, o também brasileiro Fábio Maldonado.
Quando o assunto é premiação extra, o Spider também não fica atrás de ninguém. Ele conquistou nada mais, nada menos do que 12 bônus por melhor nocaute, melhor finalização ou melhor luta da noite. Neste quesito, porém, o Spider não está sozinho. O americano Joe Lauzon também já faturou 12.
Para encerrar, um dado que mostra como Anderson é um fenômeno entre os fãs de MMA. O ex-campeão tem 2,7 milhões de seguidores no Twitter. É disparado o lutador do UFC com o maior número. Rodrigo Minotauro é o segundo dessa lista entre todo o elenco do Ultimate e tem três vezes menos.
No UFC 168, o Spider não poderá melhorar alguns dos recordes que dependiam de sequências de vitórias, mas outros tantos estarão à espera para serem ampliados. Se ele vai conseguir e, mais importante ainda, também recuperar o cinturão, só no dia 28 de dezembro haverá resposta. Até lá, ficam não só as perguntas e as dúvidas de como ele irá se apresentar, mas também a certeza de que seus fãs têm no passado uma ponta de esperança para uma grande vitória diante do algoz Chris Weidman.
- Todo mundo tem que se aposentar, mas não chegou minha vez ainda. Vou fazer a minha revanche. O Chris me deu essa oportunidade, e dia 28 vamos lutar de novo. É mais uma prova de que eu tenho que me superar, me reinventar como pessoa e atleta - disse o brasileiro ao Fantástico de domingo.
UFC 168
28 de dezembro de 2013, em Las Vegas (EUA)
CARD DO EVENTO
Chris Weidman x Anderson Silva
Ronda Rousey x Miesha Tate

"Neymar parece um bom menino e não terá problemas para se adaptar", diz Messi


Craque do Barcelona ainda falou sobre sus dívidas com a Receita espanhola

O atacante do Barcelona Lionel Messi se mostrou convencido nesta quarta-feira que a nova contratação do clube catalão, o brasileiro Neymar, vai se sentir em casa, pois o vestiário da equipe está cheio "de gente boa" e acredita que o craque não terá problemas para se entender com os outros jogadores dentro do campo.
— Esperamos que (Neymar) funcione dentro do campo. É um grande jogador, muito perigoso no um contra um e isso faz a diferença. Chega a uma equipe cheia de bons jogadores, um vestiário cheio de gente boa, e acredito que não terá problemas para se adaptar.
Messipreferiu não se aprofundar sobre seus problemas com a Receita espanhola:
— Eu não entendo nada desse assunto, para isso tenho meus assessores, que lidam com esses assuntos e confiamos neles".
Também não quis entrar na polêmica relação entre seus dois últimos treinadores, Pep Guardiola e Tito Vilanova.
— Os dois já disseram o que queriam dizer e só eles sabem o que aconteceu.
Por outro lado, falou sobre a saída de dois de seus companheiros. Sobre Thiago Alcântara - filho do ex-jogador brasileiro Mazinho - disse que a decisão de se transferir para o Bayern de Munique "é pessoal, pois queria jogar mais".
Já a respeito de David Villa, que será o substituto do colombiano Radamel Falcão no Atlético de Madrid, disse:
— O 'Guaje' é um artilheiro e vai continuar fazendo seus gols no Atlético".
A lesão muscular que o impediu de jogar em seu melhor nível na reta final da última temporada já foi superada.
— foi uma coisa pequena, mas foi se complicando conforme as coisas foram acontecendo", afirmou -
 O astro argentino não se esquece da eliminação nassemifinais da Liga dos Campeões, quando o time levou 7 a 0 do Bayern no placar agregado.
— A forma como o Bayern nos eliminou foi bastante traumática para todos os jogadores. A diferença de gols foi muito grande e isso nos motiva ainda mais para esta temporada.
Por isso, o argentino  tem em mente que sua equipe recupere a hegemonia do futebol mundial. Como principais rivais apontou a equipe alemã agora dirigida por Pep Guardiola e, claro, o grande rival Real Madrid.
— O Bayern é um timaço. Ganhou a Liga dos Campeões com folga e com a chegada de Guardiola será mais forte ainda. O Real Madrid é muito forte pelo que representa e pelos grandes jogadores que tem. Será uma temporada muito difícil",

PF faz operação para prender quadrilha que fraudava programa Minha Casa Minha Vida


Blog do Paulo Chanccey, com R7.com
A Polícia Federal iniciou nesta quarta-feira (17) uma operação para prender uma quadrilha especializada em fraudar o programa Minha Casa Minha Vida. A “Operação 1905”, feita em parceria com a CGU (Controladoria Geral da União), cumpre oito mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça Federal, em São Paulo (SP), Fortaleza (CE) e Brasília (DF).  
O nome da operação — 1905 — corresponde aos algarismos romanos usados para escrever a sigla do programa habitacional — MCMV.  
De acordo com a PF, há servidores públicos envolvidos do esquema, que envolve instituições financeiras, correspondentes bancários e empresas de fachada. O grupo estaria desviando dinheiro para a construção de casas populares em cidades com menos de 50 mil habitantes.  
Ainda segundo informações da PF, há indícios de que ex-servidores do Ministério das Cidades também estão ligados à quadrilha. Esses funcionários públicos têm conhecimento sobre o programa e suposta influência junto ao ministério, o que facilita o programa.  
A participação deles era a de prestar serviços inexistentes e, em alguns casos, receber uma compensação financeira, que seria uma espécie de “pedágio”, a partir da cobrança de empresas contratadas para a construção de unidades habitacionais que jamais foram construídas.  
As investigações apontam ainda que as empresas atuavam, ao mesmo tempo, na concessão e fiscalização das obras, na indicação das construtoras, medição das obras, liberação dos recursos e construção das casas, ou seja, o grupo investigado atuava em todas as fases do programa Minha Casa Minha Vida, acumulando funções incompatíveis entre si.
Os presos vão responder por crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, estelionato, tráfico de influência e lavagem de dinheiro. No total, as penas podem atingir 32 anos de prisão. A operação foi realizada após determinação do Ministro da Justiça, a partir da veiculação de denúncias na imprensa.

Água que mata: reportagem investiga causas do surto de diarreia em Alagoas



Blog do Paulo Chanccey, com  UOL/TNH1

O surto de diarreia continua a preocupar a população alagoana. Já chegou a 70 mil o número de pessoas infectadas e já foram registradas 37 mortes no estado só em 2013. O uso irregular de carros-pipas chegou a ser oficializado como a causa da pior de epidemia de doenças diarréicas em Alagoas desde 1993, mas a origem do problema não é bem este. É o que mostra a investigação da equipe da TV Pajuçara sobre o problema, que começou a ser exibida na série de reportagem “Àgua que mata”.
O Ministério da Saúde atribuiu a causa da epidemia à qualidade da água distribuída em carros-pipas, mas a série mostra que um conjunto de problemas, como chuvas e falta de saneamento, levaram a essa situação. O surto de diarreia começou em Palmeira dos Índios e logo se alastrou por 27 cidades alagoanas. Outros 40 municípios estão em estado de alerta.
Uma comparação com os casos registrado em 2012 mostra a dimensão da epidemia enfrentada nessas regiões. De acordo com dados divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), nas primeiras 23 semanas do ano passado foram 34 mil casos da doença. No mesmo período de 2013, esse número subiu para 54 mil.
Ainda segundo a Sesau, 37 pacientes infectados morreram. Só em Palmeira dos Índios, foram dez mortes. “Geralmente esses pacientes são crianças ou idosos, que devido à desidratação violenta vem a óbito”, disse Maria Elisabeth, diretora da Vigilância Ambiental de Saúde.

Gurgel perde no STF e terá que abrir gastos da PGR


Blog do Paulo Chanccey, com Brasil 247
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, saiu derrotado novamente no STF em sua tentativa de não abrir os gastos de sua gestão para o Conselho Nacional do Ministério Público, que fiscaliza a procuradoria. A decisão foi da ministra Carmen Lúcia, que indeferiu seu pedido por falta de transparência.
No Senado, o indicado pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, para o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), Vladimir Barros Arras, foi vetado pelo plenário.
CAIXA ABERTA
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, teve nova derrota na tentativa de impedir a divulgação de detalhes sobre gastos de sua gestão com itens como carros e iPads. A ministra Cármen Lúcia indeferiu, no STF (Supremo Tribunal Federal), pedido dele para que não seja obrigado a mostrar as informações para o Conselho Nacional do Ministério Público, que fiscaliza a procuradoria.
CAIXA 2
A ministra manteve, assim, decisão anterior do colega Teori Zavascki, que já tinha negado pedido de liminar de Gurgel para o caso.
CAIXA 3
Gurgel alega que o pedido de informações não poderia partir de um só conselheiro, sem qualquer denúncia que o embase. O autor do requerimento de informações é Luiz Moreira. Ele é amigo de José Genoino (PT-SP), e por isso procuradores ligados a Gurgel apontam retaliação por causa do mensalão. Moreira diz que apenas cumpre seu papel fiscalizador

Presidente da OAB-AL diz que vai criar comissão para acompanhar editais de licitação de escritórios jurídicos


*Por Luis Vilar/CadaMinuto

Na manhã de hoje, dia 16, coloquei no ar um texto sobre uma reunião que ocorreu, no dia de ontem, entre o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Alagoas, Thiago Bomfim e um grupo de advogados. Foi colocada em pauta a situação dos contratos entre as prefeituras municipais e os escritórios de advocacia.
Bomfim confirmou a reunião. Classificou o encontro como produtivo. Inclusive, de acordo com ele, será criada uma comissão por parte da Ordem para que se avalie - no caso de existindo licitação - os editais que são elaborados pelos municípios, para garantir a lisura do processo. 
O assunto - segundo Thiago Bomfim - será encaminhado para o Conselho Estadual da OAB/AL já na próxima reunião deste. De acordo com o presidente, a reunião não ocorreu para se discutir a exigência ou não da licitação dos escritórios. “Até porque dentro da própria OAB não há entendimento sobre a exigibilidade da licitação. Agora, o que foi cobrado é que em existindo a licitação que a OAB/AL participe para que este processo licitatório não seja direcionado”, frisou. 
Apesar da discussão sobre a exigibilidade, Bomfim ressalta a existência da instrução normativa por parte do Tribunal de Contas do Estado de Alagoas (TCE/AL) que orienta para que seja feita a licitação dos escritórios de advocacia. O presidente da OAB/AL enxerga nesta força de lei, segundo ele mesmo. 
“Se a norma está posta, que ela seja cumprida. Quem não quiser, que busque os meios de derrubá-la”, salientou Bomfim, diante da discussão que existe sobre o assunto. Indaguei a posição pessoal de Bomfim. Ele salientou que entende que é inexigível. “Mas é minha opinião pessoal. Em havendo norma para licitação, que exista o processo”.
Questionei ainda Bomfim sobre o escritório dele - conforme bastidores - ser um dos investigados pelo Ministério Público de Contas. Ele respondeu: “até o presente momento, não recebi qualquer tipo de notificação. Até porque, nos municípios que estamos sem licitação - são três ou quatro - estamos dentro do período emergencial”.
Bomfim nega qualquer tipo de favorecimento ao escritório por ser presidente da Ordem.  Ele diz até que antes de assumir o cargo, tinha contrato com 20 municípios. “Agora, reduziu bastante, para três ou quatro. Então, isto mostra que não há nenhum tipo de favorecimento neste sentido. Às vezes querem vincular o que não existe”, finalizou.